sábado, 10 de maio de 2008

Nacionalidade, naturalidade e a "chanson" francesa



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Já foi tema de várias conversas, ou melhor, de várias pegas com o Pedro. Na minha opinião, só por se nascer no sítio X ou Y não faz de nós Xs ou Ys. Creio que uma pessoa sente que faz parte de um determinado sítio, ou ao contrário como queiram, quando é nesse mesmo sitio que estão as suas memórias e quando estas estão intimamente ligadas a lugares e pessoas que não estão onde nascemos mas sim onde crescemos. Apesar de ter nascido em França (mas sem ter uma casa estilo "maison", felizmente) sempre me senti português, alentejano.

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Claro que os poucos anos que passei em França e a ligação - que ainda hoje existe por motivos familiares - com França fez com que a cultura francesa estivesse presente desde sempre na minha vida. É certamente daí que vem o meu gosto pela canção francesa, pela música francesa, pelos croissants, etc... Mas sempre vi essa ligação, esse "gosto francês" como uma característica da minha maneira de ser (todo eu respiro o glamour de Paris).

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Mas cá no fundo, para o bem e para o mal, sou português e, sobre tudo, sou alentejano.

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Caro Pedro, este post requer uma resposta sua!

2 comentários:

  1. Amanhã, que hoje estou podre de sono!

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  2. Pois bem. Se me pedisses para comentar isso há alguns anos atrás, dir-te-ia que tens toda a razão. Acontece que hoje em dia me sinto mais lisboeta que nunca. Obviamente que cá ter nascido foi um acaso. Quer dizer, acaso não foi, porque já estava previsto ter nascido onde nasci.
    Neste momento, tenho toda a minha vida, à excepção da família em Lisboa; mesmo os amigos estão cá.
    E até me seria mais confortável viver onde cresci: lá sou filho de Fulano Tal, neto de Fulano tal; em Lisboa sou apenas um zé-ninguém (e não confundir com o Romeiro!).
    Por outro lado, há outros locais onde de sinto em casa. E sim, o Alentejo é a minha outra casa.

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