quinta-feira, 3 de março de 2011

direito de resposta


É muito fácil apontar o dedo aos outros. Difícil é dar a mão à palmatória. Não, difícil é dar a mão à palmatória e admiti-lo perante os outros. Ter colhões para dizer: "Estava errado mas mudei." Lá no fundo, difícil é descer do pedestal, deixar o orgulho de lado, bater no peito e dizer: "mea culpa". Mas dizê-lo mesmo, que nestas coisas não basta pensar. Há que dizê-lo e admitir as falhas. Tal confissão é de vital importância para a paz dos outros.

Notem no entanto que, claramente este é um assunto que me diz respeito, não guardo qualquer rancor ou ódio. Quem me conhece sabe que são sentimentos que não nutro por ninguém. Neste momento, e apesar da série de perdas pelas quais passei, estou de bem com a vida e com todos os que me rodeiam. Fiz "mea culpa" e com isso espero ter contribuído para a paz dos outros da mesma forma que contribuí para a minha. Aprendo com as cabeçadas que dou e, como sabiamente me disse a Vera numa das pavorosas aulas de filosofia dos já idos anos 90, limo as minhas arestas.

Estou eternamente grato pelas coisas que me deste. Aprendi tanto, fui tão feliz, conheci tanto! Meu Deus!  Devo-te os meus novos horizontes musicais, cinéfilos, literários; devo-te horas, anos de felicidade; devo-te aqueles "cantinhos" mais escondidos de Lisboa; devo-te muitos sorrisos. Tenho para contigo, graças a isto, uma dívida que nunca poderei pagar.

Sou feliz agora. Reconstruo, pedra a pedra, o meu caminho. Espero poder contar contigo no resto da viagem.

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