segunda-feira, 15 de junho de 2009

Cais das Colunas


Foi a primeira vez que fui ao Cais das Colunas. Até hoje não percebia as saudades que muitos tinham dele mas, num dia cinzento como o de Domingo, essa é a palavra que melhor descreve a sensação de estar no Cais das Colunas: ‘Saudade’.
Algo (que poderia ser) tão belo e grande como a Rua Augusta e o seu desaguar apoteótico no Terreiro do Paço acaba, abruptamente, num cais. Um lugar de partida, de despedida. Um lugar tão cheio mas que na verdade está vazio. No cais das colunas dei por mim a sentir saudades do Império e, cá dentro, a desejar a chegada do Quinto. Todos carregamos a palavra saudade no peito, é o fardo de ser português.
Mas quero acreditar que, nos dias de sol, esse pesado fardo não combine tão bem com o Cais das Colunas.

Maria Guinot: Silêncio e tanta gente

2 comentários:

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