Aposto que já estavam com saudades dos meus longos, profundos e imensuravelmente "fofos" posts!!
Mas, o que é que um blogueiro pode fazer, o facto de a Optimus resolver dar chamadas grátis e a mudança de emprego têm-me consumido todo o pouco tempo livre que tinha para me dedicar a estas andanças.
Estava eu a pensar: "Com que tema vou entediar a minha meia dúzia de leitores assíduos?" Do preço dos combustíveis, da crise e da Amy Winehouse já ninguém consegue ouvir falar. No entanto não vos passa por essas cabecinhas "fofutxas" as teorias que tenho sobre estes assuntos.
Adiante, notem que o uso de fofo, fofinho e outros termos pirosos é a minha vingança junto da Teresa pelo comentário tecido no blog calunioso do Pedro G. sobre a minha Celine Dion!!
Bem, e com isto tudo já consegui escrever quatro parágrafos sobre nada e já estou no quinto. Estou claramente inspirado ou então um pouco entediado, mas isso agora não interessa nada - já dizia a nossa amada Teresa Guilherme.
Hoje vou-vos falar desse assunto que deveria ser primeira página de todos os jornais, ser motivo para directos de cinco em cinco minutos e abrir todos os noticiários televisivos: a Selecção Nacional. lool
Bem, já consegui escrever muito e não dizer nada! Até amanhã!
p.s. 1: mais tarde vou desenvolver as minhas teorias fofinhas...
Foi das primeiras "variações" (o meu vocabulário de Ballet é nulo) que vi vezes sem conta. Acho maravilhoso.
Antes disto não era grande adepto de Ballet, mas via. Agora, apesar de preferir ouvir um Ballet a vê-lo, consigo gostar e perder algum tempo a assistir. Comecei a prestar mais atenção aos movimentos individuais e de grupo e, à semelhança do que aconteceu com a música clássica e com a Ópera, descubro lentamente a beleza que há no Ballet. Um dia destes até vou pedir um DVD* emprestado e prometo que vejo uma "representação" completa.
Uma das coisas que mais gosto e que invejo é a pose dos "bailarinos". Não estou minimamente interessado em conseguir andar em pontas e dar saltinhos mas têm que concordar comigo: Não há pose mais elegante do que a de uma pessoa que faz/dança/pratica (ou lá o que seja) Ballet.
Good bye to you my trusted friend, we've known each other since we were Nine or ten, together we climbed hills and trees, Learned of love and A B C Skinned our harts and skinned our knees. Good bye my friend it's hard to die, when all the birds are singing in the sky Now that the spring is in the air Pretty boys are everywhere, think of me and I'll be there.
Goodbye papa please pray for me, I was the black sheep of the family, you tried to teach me right from wrong, too much wine and too much song, wonder how I got along. Goodbye papa it's hard to die, when all the birds are singing in the sky, now that the spring is in the air, little children everywhere , when you see them I'll be there.
Goodbye Michelle my precious one, you gave me love and helped me find the sun, and every time that I was down, you always come around and get my feet back on the ground, Goodbye Michelle it's hard to die, when all the birds are singing in the sky, now that the spring is in the air, whit the flowers everywhere, I wish that we could both be there.
We had joy, we had fun, we had seasons in the sun, but the hills that we climb were just seasons out of time.
We had joy we had fun we had seasons in the sun but the stars we could reach were just starfish on the beach
Jacques Brel - Le Moribond
Adieu l'Émile je t'aimais bien Adieu l'Émile je t'aimais bien tu sais On a chanté les mêmes vins On a chanté les mêmes filles On a chanté les mêmes chagrins Adieu l'Émile je vais mourir C'est dur de mourir au printemps tu sais Mais je pars aux fleurs la paix dans l'âme Car vu que tu es bon comme du pain blanc Je sais que tu prendras soin de ma femme Je veux qu'on rie Je veux qu'on danse Je veux qu'on s'amuse comme des fous Je veux qu'on rie Je veux qu'on danse Quand c'est qu'on me mettra dans le trou
Adieu Curé je t'aimais bien Adieu Curé je t'aimais bien tu sais On n'était pas du même bord On n'était pas du même chemin Mais on cherchait le même port Adieu Curé je vais mourir C'est dur de mourir au printemps tu sais Mais je pars aux fleurs la paix dans l'âme Car vu que tu étais son confident Je sais que tu prendras soin de ma femme Je veux qu'on rie Je veux qu'on danse Je veux qu'on s'amuse comme des fous Je veux qu'on rie Je veux qu'on danse Quand c'est qu'on me mettra dans le trou
Adieu l'Antoine je t'aimais pas bien Adieu l'Antoine je t'aimais pas bien tu sais J'en crève de crever aujourd'hui Alors que toi tu es bien vivant Et même plus solide que l'ennui Adieu l'Antoine je vais mourir C'est dur de mourir au printemps tu sais Mais je pars aux fleurs la paix dans l'âme Car vu que tu étais son amant Je sais que tu prendras soin de ma femme Je veux qu'on rie Je veux qu'on danse Je veux qu'on s'amuse comme des fous Je veux qu'on rie Je veux qu'on danse Quand c'est qu'on me mettra dans le trou
Adieu ma femme je t'aimais bien Adieu ma femme je t'aimais bien tu sais Mais je prends le train pour le Bon Dieu Je prends le train qui est avant le tien Mais on prend tous le train qu'on peut Adieu ma femme je vais mourir C'est dur de mourir au printemps tu sais Mais je pars aux fleurs les yeux fermés ma femme Car vu que je les ai fermés souvent Je sais que tu prendras soin de mon âme Je veux qu'on rie Je veux qu'on danse Je veux qu'on s'amuse comme des fous Je veux qu'on rie Je veux qu'on danse Quand c'est qu'on me mettra dans le trou
Já foi tema de várias conversas, ou melhor, de várias pegas com o Pedro. Na minha opinião, só por se nascer no sítio X ou Y não faz de nós Xs ou Ys. Creio que uma pessoa sente que faz parte de um determinado sítio, ou ao contrário como queiram, quando é nesse mesmo sitio que estão as suas memórias e quando estas estão intimamente ligadas a lugares e pessoas que não estão onde nascemos mas sim onde crescemos. Apesar de ter nascido em França (mas sem ter uma casa estilo "maison", felizmente) sempre me senti português, alentejano.
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Claro que os poucos anos que passei em França e a ligação - que ainda hoje existe por motivos familiares - com França fez com que a cultura francesa estivesse presente desde sempre na minha vida. É certamente daí que vem o meu gosto pela canção francesa, pela música francesa, pelos croissants, etc... Mas sempre vi essa ligação, esse "gosto francês" como uma característica da minha maneira de ser (todo eu respiro o glamour de Paris).
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Mas cá no fundo, para o bem e para o mal, sou português e, sobre tudo, sou alentejano.
Tenho que escrever um ensaio para a escolinha sobre uma mão cheia de textos. O problema é que, os textos que tenho que estudar, além de terem quase todos sido escritos por sociólogos, são daqueles que dizem muito mas acabam por não falar de nada.
Neste momento, o meu ensaio para entregar amanhã, pode resumir-se ao seguinte:
bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla "bla bla bla bla bla bla bla bla".
bla bla bla bla bla (bla bla bla bla bla bla) bla bla bla bla bla bla, bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla?
bla bla bla "bla bla bla bla bla bla bla bla bla" bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla.
"bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla."*
* BLA BLA, bla bla bla: bla bla bla bla; bla bla, bla bla
Bain News Service, publisher. King Manuel (detail) [between 1910 and 1915] [ D. Manuel: aqui e aqui]
Lee, Russell, 1903-, photographer. Jack Whinery, homesteader, and his family, Pie Town, New Mexico1940 Oct.
3515 fotografias dos anos 10, 30 e 40, livres de direitos de autor. O paraíso para quem, como eu, gosta de fotografia. (Apesar das minhas não correrem muito bem). Já sei que vou perder horas a correr este arquivo.
Tenho saudades dos fins de tarde de verão alentejanos. Daqueles dias em que só "pela fresquinha" se pode sair de casa e, sem ser preciso combinar nada, todos nos encontramos na esplanada do nosso café.
Tenho saudades do Verão, do Verão alentejano, daquele da minha infância e que guardo no coração. Das férias grandes, da Sra. dos Prazeres, da Salgueirinha, do ALENTEJO.
Tenho saudades dos campos dourados, das casas brancas, de ver as estradas transpirar. Mas sabem do que tenho mais saudades: das papoilas.
MANIFESTO EM DEFESA DA LÍNGUA PORTUGUESA CONTRA O ACORDO ORTOGRÁFICO
(Ao abrigo do disposto nos Artigos n.os 52.º da Constituição da República Portuguesa, 247.º a 249.º do Regimento da Assembleia da República, 1.º n.º 1, 2.º n.º 1, 4.º, 5.º, 6.º e seguintes da Lei que regula o exercício do Direito de Petição)
Ex.mo Senhor Presidente da República Portuguesa Ex.mo Senhor Presidente da Assembleia da República Portuguesa Ex.mo Senhor Primeiro-Ministro
*1* – O uso oral e escrito da língua portuguesa degradou-se a um ponto de aviltamento inaceitável, porque fere irremediavelmente a nossa identidade multissecular e o riquíssimo legado civilizacional e histórico que recebemos e nos cumpre transmitir aos vindouros. Por culpa dos que a falam e escrevem, em particular os meios de comunicação social; mas ao Estado incumbem as maiores responsabilidades porque desagregou o sistema educacional, hoje sem qualidade, nomeadamente impondo programas da disciplina de Português nos graus básico e secundário sem valor científico nem pedagógico e desprezando o valor da História. Se queremos um Portugal condigno no difícil mundo de hoje, impõe-se que para o seu desenvolvimento sob todos os aspectos se ponha termo a esta situação com a maior urgência e lucidez.
*2* – A agravar esta situação, sob o falso pretexto pedagógico de que a simplificação e uniformização linguística favoreceriam o combate ao analfabetismo (o que é historicamente errado) e estreitariam os laços culturais (nada o demonstra), lançou-se o chamado Acordo Ortográfico, pretendendo impor uma reforma da maneira de escrever mal concebida, desconchavada, sem critério de rigor, e nas suas prescrições atentatória da essência da língua e do nosso modelo de cultura. Reforma não só desnecessária mas perniciosa e de custos financeiros não calculados. Quando o que se impunha era recompor essa herança e enriquecê-la, atendendo ao princípio da diversidade, um dos vectores da União Europeia. Lamenta-se que as entidades que assim se arrogam autoridade para manipular a língua (sem que para tal gozem de legitimidade ou tenham competência) não tenham ponderado cuidadosamente os pareceres científicos e técnicos, como, por exemplo, o do Prof. Doutor Óscar Lopes, e avancem atabalhoadamente sem consultar escritores, cientistas, historiadores e organizações de criação cultural e investigação científica. Não há uma instituição única que possa substituir-se a toda esta comunidade, e só ampla discussão pública poderia justificar a aprovação de orientações a sugerir aos povos de língua portuguesa.
*3* – O Ministério da Educação, porque organiza os diferentes graus de ensino, adopta programas das matérias, forma os professores, não pode limitar-se a aceitar injunções sem legitimidade, baseadas em "acordos" mais do que contestáveis. Tem de assumir uma posição clara de respeito pelas correntes de pensamento que representam a continuidade de um património de tanto valor e para ele contribuam com o progresso da língua dentro dos padrões da lógica, da instrumentalidade e do bom gosto. Sem delongas deve repor o estudo da literatura portuguesa na sua dignidade formativa. O Ministério da Cultura pode facilitar os encontros de escritores, linguistas, historiadores e outros criadores de cultura, e o trabalho de reflexão crítica e construtiva no sentido da maior eficácia instrumental e do aperfeiçoamento formal.
*4* – O texto do chamado Acordo sofre de inúmeras imprecisões, erros e ambiguidades – não tem condições para servir de base a qualquer proposta normativa. É inaceitável a supressão da acentuação, bem como das impropriamente chamadas consoantes "mudas" – muitas das quais se lêem ou têm valor etimológico indispensável à boa compreensão das palavras. Não faz sentido o carácter facultativo que no texto do Acordo se prevê em numerosos casos, gerando-se a confusão. Convém que se estudem regras claras para a integração das palavras de outras línguas dos PALOP, de Timor e de outras zonas do mundo onde se fala o Português, na grafia da língua portuguesa. A transcrição de palavras de outras línguas e a sua eventual adaptação ao português devem fazer-se segundo as normas científicas internacionais (caso do árabe, por exemplo).
Recusamos deixar-nos enredar em jogos de interesses, que nada leva a crer de proveito para a língua portuguesa. Para o desenvolvimento civilizacional por que os nossos povos anseiam é imperativa a formação de ampla base cultural (e não apenas a erradicação do analfabetismo), solidamente assente na herança que nos coube e construída segundo as linhas mestras do pensamento científico e dos valores da cidadania.
Os signatários,
Ana Isabel Buescu António Emiliano António Lobo Xavier Eduardo Lourenço Helena Buescu Jorge Morais Barbosa José Pacheco Pereira José da Silva Peneda Laura Bulger Luís Fagundes Duarte Maria Alzira Seixo Mário Cláudio Miguel Veiga Paulo Teixeira Pinto Raul Miguel Rosado Fernandes Vasco Graça Moura Vítor Manuel Aguiar e Silva Vitorino Barbosa de Magalhães Godinho Zita Seabra